sexta-feira, 31 de outubro de 2008

"Lóri: uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra
para a frente."
/Clarice Lispector
(Uma aprendizagem ou o Livro dos prazeres)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

☺. Alguns trechos do Livro "O Vendedor de Sonhos" - Augusto Cury.


..."Enquanto o ouvia, comecei a entender que todos nós, por
mais sucesso
que tenhamos, perdemos. Ninguém voa pra sempre num céu de
brigadeiro, ninguém navega
eternamente numa lagoa plácida. Uns perdem mais, outros
menos, uns sofrem perdas evitáveis, outros inevitáveis. Uns perdem no teatro
social, outros no teatro psíquico. E se alguém conseguir passar ileso pela vida,
uma coisa perderá: a juventude."...
"Quem não reconhece suas mazelas tem uma dívida impagável consigo mesmo.
Esfacela sua humanidade."

"-A vida é longuíssima para se errar, mas assombrosamente curta para se viver. A
consciência da brevidade da vida pertuba a vaidade dos meus neurônios e me faz
ver que sou um caminhante que cintila nas curvas da existência e se dissipa aos
primeiros raios do tempo. Nesse breve intervalo entre cintilar e dissipar, ando
à procura de quem sou. Procurei-me em muitos lugares, mas me achei num lugar
anônimo, no único lugar onde as vaias e os aplausos são a mesma coisa, o único
lugar onde ninguém pode entrar sem permitimos, nem nós mesmos."

"Como se achar sem nunca se perder?"

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

"- Jamais se esqueçam de que não é possível servir a dois senhores: ou vendemos sonhos ou nos preocupamos com nossa imagem social; ou somos fiéis à nossa consciência ou gravitamos na órbita do que os outros pensam e falam de nós."

(Trecho do livro O Vendedor de Sonhos.)

I
Noite ainda, quando ela me pedia
Entre dois beijos que me fosse embora,
Eu, com os olhos em lágrimas, dizia:
"Espera ao menos que desponte a aurora!
Tua alcova é cheirosa como um ninho...
E olha que escuridão há lá por fora!
Como queres que eu vá, triste e sozinho,
Casando a treva e o frio de meu peito
Ao frio e à treva que há pelo caminho?!
Ouves? é o vento! é um temporal desfeito!
Não me arrojes à chuva e à tempestade!
Não me exiles do vale do teu leito!
Morrerei de aflição e de saudade...
Espera! até que o dia resplandeça,
Aquece-me com a tua mocidade!
Sobre o teu colo deixa-me a cabeça
Repousar, como há pouco repousava...
Espera um pouco! deixa que amanheça!"
— E ela abria-me os braços. E eu ficava.
Tercetos - Olavo Bilac
(...e hoje eu entendo, o que antes eu não queria entender...)